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Segundo documento, Oliveira disse ter agido ´a mando de Deus´ (Foto: Reprodução/ Terra) Em 07/09/2018 às 08:20 |
O PM responsável pela prisão levou Adélio até um prédio na rua Halfeld e o manteve em preso até a chegada de reforços, diz o B.O, já que os apoiadores de Jair Bolsonaro gritavam "vai morrer, vai morrer!" para Adélio. O nome deste agente que estava de folga não foi divulgado.
"Diante da situação, os militares se deslocaram para o local e se depararam com uma multidão gritando ´vai morrer, vai morrer´ para uma pessoa que estava presa. Quando os PMS se aproximaram, foram informados de quem seria o autor, e de que ele estava contido no interior de um edifício da rua Halfeld", diz um trecho do Boletim de Ocorrência.
"No local foi feito contato com vários policiais federais e com um militar da PM que estavam com o autor preso. Precisavam do apoio da PM para condução do autor, pois diversos populares estavam querendo atentar contra a vida do autor", diz o texto.
"Este (o autor) informou que saiu de casa com uma faca de uso pessoal, a fim de acompanhar a comitiva e, no melhor momento, quando o encontrasse, atentar contra a vida do candidato", continua o relato.
´Agiu a mando de Deus´
"No momento que achou oportuno, na rua Batista de Queiroz, atacou. Afirmou ainda que os motivos do intento era pessoais, e sobre os quais (motivos) ele não iria se estender, dizendo também em certo momento que tinha agido a mando de Deus", diz o B.O, segundo lido por um oficial da PM de Minas à BBC News Brasil.
Depois de fazer a prisão, o PM mineiro que estava de folga "recebeu o apoio de um popular que lhe passou uma algema para fazer a detenção do autor. Subiu com o autor (no prédio da rua Halfeld) e fez a busca pessoal (revista) no autor nas escadas do prédio", diz o texto do B.O.
De acordo com o B.O., o militar responsável pela prisão "solicitou ainda que constasse nesse registro que teve apoio de um outro militar (o nome não foi revelado) que presenciou a ação do autor e quando efetuou a prisão".
"Foi realizada a condução do autor até a delegacia da Polícia Federal de Juiz de Fora, com a sua integridade preservada a partir do momento no qual a PM interviu, sendo que o autor estava com lesões provocadas por populares não identificados, que contiveram o autor no momento do ataque", relataram os PMs responsáveis pelo boletim de ocorrência.
Terra
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