Banner - anuncie aqui

Bolsonaro e Haddad criticam Globo, mas não desprezam o ‘JN’

(Foto: Reprodução/ Terra)
Em 09/10/2018 às 12:00
Menos de 24 horas depois do final da totalização dos votos do primeiro
turno, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) apareceram no 
Jornal Nacional. Foi a primeira entrevista exclusiva de ambos a uma 
emissora de TV na campanha do segundo turno.

Por link (transmissão ao vivo a distância), cada um deles falou por 
cerca de 6 minutos, uma visibilidade valiosa no telejornal de maior 
audiência do País. 

Na semana passada, de 1º a 6 de outubro, o JN marcou média de
28 pontos no Ibope. Este índice representa quase 6 milhões de 
telespectadores na Grande São Paulo, a cada edição, e é maior do
que a audiência dos programas do horário político e do próprio 
debate presidencial na emissora.

Primeiro a ser entrevistado, por ordem de sorteio, Haddad foi 
questionado pela âncora e editora-executiva Renata Vasconcellos. 
O clima foi amistoso, diferentemente da tensão registrada na 
participação do petista na série de entrevistas na bancada do 
Jornal Nacional, no final de agosto.

“Queria agradecer Renata, Bonner, a oportunidade de reiniciar o 
segundo turno na presença de vocês, podendo conversar com o 
eleitor e com a eleitora”, declarou o ex-prefeito de São Paulo, 
cordial, sem cumprimentar o ex-presidente Lula, como o fez 
anteriormente.

Em seguida, o âncora e editor-chefe William Bonner fez as 
perguntas a Jair Bolsonaro. O deputado federal também evitou 
confrontar os apresentadores e a emissora, como aconteceu 
durante sua presença no estúdio do JN na sabatina com os 
principais candidatos à Presidência: “Boa noite, Bonner. Boa
noite, Renata. Boa noite brasileiros”.

Os dois presidenciáveis mantêm uma relação tumultuada com 
a Globo. Bolsonaro já declarou pretender reduzir a verba 
publicitária do governo federal destinada ao Grupo Globo, do 
qual faz parte o canal. Ele se diz perseguido por seu telejornalismo.

O PT de Haddad empunhou a bandeira ‘Globo golpista’ ao acusar
a emissora de ter apoiado o impeachment da presidente Dilma 
Rousseff. O partido defende a regulação da mídia para desfazer 
monopólios e oligopólios na área da comunicação. 
Em outras palavras, evitar que uma mesma empresa seja dona 
de TV, jornal, rádio, portal de notícias e outras plataformas, assim
como acontece com o grupo da família Marinho. 

 Mesmo com tantas reservas em relação à todo-poderosa Globo, 
Bolsonaro e Haddad não desperdiçam as oportunidades de 
aparecer no Jornal Nacional. Trata-se de uma vitrine importante
tanto para a direita quanto para a esquerda.
A cobertura diária que o telejornal faz da corrida ao Palácio do 
Planalto é uma publicidade indispensável a quem precisa 
conquistar votos.

Resta saber se esse aparente armistício de Bolsonaro e Haddad 
com a Globo será mantido quando um eles assumir o comando 
do Brasil. 

Terra


Postar um comentário

0 Comentários