Banner - anuncie aqui

General da equipe de Bolsonaro quer rever bibliografia usada nas escolas

O general Aléssio Ribeiro Souto, que elabora propostas para o Ministério da
Educação de eventual governo Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook)
Em 15/10/2018 às 17:20
À frente do grupo que elabora propostas para o Ministério de Educação
de um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), o general Aléssio 
Ribeiro Souto diz que “é muito forte a ideia” de se fazer ampla revisão 
dos currículos e das bibliografias usadas nas escolas para evitar que
crianças sejam expostas a ideologias e conteúdo “impróprio”. 
Ele defende que professores exponham a verdade sobre o “regime 
de 1964”, narrando, por exemplo, mortes “dos dois lados”.

“É muito forte a ideia de revisão dos processos curriculares, das 
bibliografias. Isso precisa ser muito cuidado para não termos absurdos
que vimos na TV, como a distribuição de livros que deixam qualquer 
mãe estupefata”, disse. Para o general, “determinadas coisas são 
responsabilidade dos pais”, porque a escola “não tem de influenciar 
para uma direção ideológica”. “Estamos colocando revisão completa 
dessas questões curriculares.”

Em relação à temática da ditadura militar, o general defende um 
debate “à luz da liberdade”. “A questão de golpe é a menor. 
Há quem diga que o afastamento da Dilma, feito no âmbito do 
Congresso, foi golpe. Mas sonegar para crianças o que ocorreu? 
Não concordo”, disse. “Quando você trata dos problemas e das 
mortes — e guerra traz mortes —, tem de tratar dos dois lados. 
Existe a verdade. Ela nem sempre tem sido retratada”, acrescentou.

Para Aléssio Ribeiro, é preciso “orientar toda a cadeia de gestão” 
para solucionar este problema. “Nós buscamos a paz e a harmonia
através da democracia e de praticar a verdade. E não usar mentira 
e canalhice. E aí é a mudança que o Bolsonaro ofereceu ao povo e 
que foi acolhida majoritariamente”, disse.

Política de cotas

O general defende a “prevalência do mérito” e diz que, se sua ideia
for aceita por Bolsonaro, serão estudadas medidas “não traumáticas
para substituir as regras”.

“O país deve chegar ao momento que não precisará de cotas. 
É remendo. Mas eliminar agora? É preciso equilíbrio. Que tal ensino
complementar aos desassistidos? Pobre branco de olhos azuis não
tem direito?”, questionou.

Ex-chefe do Centro Tecnológico do Exército, o general Aléssio 
Ribeiro foi chamado a coordenar debates de ciência e tecnologia, 
mas acabou acumulando a área de educação “por afinidade”.

Fonte: Veja


Postar um comentário

0 Comentários