A população idosa
do Ceará, segundo IBGE hoje, está em torno de um milhão de pessoas, o
que corresponde a 10,8% do total de cearenses.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) calculam que 18 milhões de
pessoas morrem todos os anos em virtude das doenças cardíacas.
Entre as mais conhecidas, hipertensão que atinge 60% dos idosos e mata, todos os anos, cerca de 200 mil são brasileiros.
Tão grave quanto a popular pressão alta é a estenose aórtica, que
aparece em cerca de 3% a 5% de idosos, porém ainda pouco difundida.
Para corrigir esse grave problema, o Hospital do Coração do Cariri
(HCC), do ano passado pra cá, trilha passos para uma forte consolidação
na medicina cardíaca do interior do Ceará, tendo em vista a realização
de cinco Implantes de Transcateter Valvar Aórtica (TAVI), todos
realizados com sucesso.
O último, aconteceu mês passado num paciente de 65 anos, de Juazeiro do
Norte, ele já teve alta e está em casa. Uma recuperação mais rápida e
menos invasiva.
O médico Samuel Soares, cirurgião cardíaco do HCC, explica:
O risco desse novo método é bem menor, culminado em um procedimento
instituído como de altíssima qualidade e segurança. Nós estamos na
perspectiva de amadurecer essa experiência e poder ajudar cada vez mais
pessoas a terem uma vida melhor por meio dessa técnica, disse.
A cirurgia é realizada através de uma incisão minimamente invasiva na
virilha, de aproximadamente dois a três centímetros, onde são
introduzidos pequenos fios chamados de cateteres, sem a necessidade de
cortes na região do tórax, ou seja, nada de abrir o peito do paciente.
O procedimento é indicado para quem tem problemas na Válvula Aórtica,
que é uma das áreas do coração que permitem a passagem do sangue para as
demais localidades do corpo.
Os benefícios são os mesmos proporcionados pelo método cirúrgico mais
antigo da troca de válvula, porém a vantagem é que não precisa de
cirurgia aberta que deixa o paciente mais debilitado e suscetível a
agravamentos clínicos.
O método realizado pelo Hospital do Coração do Cariri proporciona uma
recuperação muito rápida, bem como diminui significativamente o tempo de
internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e no hospital como um
todo.
Por João Boaventura Neto
Miséria.com.br
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