O Índice de Atividade Econômica do Banco Central no
Ceará (IBCR-CE), considerado uma prévia do resultado do Produto Interno
Bruto (PIB), apresentou crescimento de 8,31% no trimestre que compreende
os meses de junho, julho e agosto deste ano ante os três meses
imediatamente anteriores.
Os dados foram divulgados ontem (16) pela autoridade monetária. No
trimestre, o crescimento da atividade no Ceará ficou acima da média da
região Nordeste. O IBCR-NE apresentou, no período, crescimento de 2,79%.
O período compreende exatamente o início da retomada da operação
presencial de várias empresas no Estado a partir do Plano de Retomada
Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais no Ceará,
iniciado no dia 1º de junho. Desde então, não houve retrocessos na
reabertura das empresas.
O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE),
Ricardo Coimbra, afirma que essa é a explicação para o crescimento.
"Isso mostra que, a partir do momento em que começa a ocorrer a
reabertura gradual, começam a ser gerados alguns efeitos sobre a
atividade econômica", diz, reforçando que o resultado leva em
consideração a comparação com os três meses anteriores, quando o
isolamento ainda era mais rígido. "Por isso é um número tão
significativo". Ainda de acordo com os dados do Banco Central, no Ceará,
na passagem de julho para agosto, houve crescimento de 1,82%. Tanto o
crescimento trimestral de 8,31% quanto o avanço mensal de 1,82% são
números dessazonalizados para o período.
Ele lembra que a expectativa para a atividade econômica cearense no
encerramento de 2020, hoje, é menos negativa em relação ao que se
esperava há alguns meses. "A retomada está acontecendo e gerando retorno
para as empresas. Como consequência, as empresas estão contratando
mais. As pessoas vão voltando a consumir e isso fortalece positivamente o
ciclo", detalha o presidente do Corecon-CE.
Já na comparação anual, houve crescimento de 0,66% do IBCR-CE em agosto
deste ano na comparação com igual período do ano anterior. Considerando
os três meses encerrados em agosto contra igual período de 2019, a
atividade apresentou queda de 1,22%, também na série observada do
levantamento.
Neste ano, até agosto contra os oito primeiros meses do ano passado, a
queda é de 3,24%. Nos últimos 12 meses, a baixa é de 1,20%.
Nordeste
Também na série dessazonalizada, o IBCR-NE apresentou crescimento de
1,09% na passagem de julho para agosto. Considerando os dados na série
observada, média da atividade econômica dos estados do Nordeste em
agosto caiu 2,29% na comparação entre agosto deste ano e igual período
de 2019.
No trimestre encerrado em agosto ante igual período do ano anterior,
houve queda de 3,07% do índice. No ano, a baixa é de 3,20% e, em 12
meses, a retração é de 1,77%.
Fonte: Diário do Nordeste
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