As altas temperaturas e a baixa umidade relativa do
ar continuam presentes no Ceará. Em novo alerta, emitido nesta
sexta-feira (16), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontou
para perigo por baixa umidade do ar em 80 municípios cearenses, nas
regiões do Sertão, Jaguaribe, Cariri, Noroeste e Centro-Sul cearenses.
Neste caso, a umidade relativa do ar varia entre 12% a 20%, oferecendo
um risco maior de incêndios florestais e danos à saúde humana. O boletim
é válido até às 20h de hoje.
Outros 57 municípios estão classificados com potencial perigo,
ocasionada quando a umidade relativa do ar varia entre 20% a 30%,
trazendo danos menores, mas ainda perigosos, à saúde humana. As regiões
afetadas são o Sertão Central e Inhamuns, o Vale do Jaguaribe, Norte e
Noroeste cearense.
Monitoramento
Hoje (16), das oito estações meteorológicas do Instituto instaladas no
Ceará, Morada Nova apresentou a situação mais preocupante, com umidade
relativa do ar mínima em 24%. Também ficaram igual ou abaixo de 30% nos
municípios de Crateús (29%) e Jaguaruana 30%). A situação é mais
confortável, mas ainda assim perigosa, em Barbalha (34%), Sobral (35%),
Fortaleza (44%) e Tiaguá (47%). A estação de Iguatu, que costuma liderar
este ranking, não emitiu informações às 12h45, quando o sistema do
Inmet foi acessado.
Razões
A gerente de meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme), Meiry Sakamoto, explica que o interior do
Estado, especialmente na região Centro-Sul, é a área onde a umidade
relativa do ar costuma apresentar índices mais baixos nessa época do
ano.
Outros fatores que contribuem para a taxa de umidade relativa do ar ser
mais preocupante é continentalidade, ou seja, a distância do oceano.
Além disso, os ventos mais fortes ajudam a aumentar a evapotranspiração
da vegetação, já castigada pelo solo seco e a falta de chuvas, explica a
meteorologista.
No litoral cearense, a situação é menos grave, pois, há umidade
proveniente da evaporação da água do mar, que é transportada ao
continente pelos ventos. A princípio, as pessoas não precisam se
preocupar tanto com esses índices nessa região, completa a
meteorologista.
Cuidados
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como alerta, quando o
índice de umidade relativa do ar ficar abaixo dos 30%, pois, entre os
possíveis impactos, estão o ressecamento da pele, desconforto nos olhos,
boca e nariz. Segundo a OMS, o nível ideal vai de 60% a 80%.
Por isso, o alergologista e imunologista de Juazeiro do Norte, Cícero
Inácio, recomenda o consumo de líquidos principalmente água, enfatiza,
e evitar exposição em horários mais quentes, das 10h às 16h, usar
hidrante para a pele e, se possível, de algum tipo de umidificador de
ambiente.
Fonte: Diário do Nordeste
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