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1º avião da Itapemirim chega ao Brasil

1º avião da Itapemirim chega ao Brasil um dia antes de completar 17 anos do acidente em Barro-CE

Quem na década de 80 não viajou ou conhece alguém que embarcou em um dos ônibus amarelo da Viação Itapemirim S.A?  A empresa de transporte rodoviário de passageiros brasileira que foi fundada em 1953 por Camilo Cola, é considerada atualmente como uma das mais tradicionais do ramo no país e também na América Latina.

A primeira aeronave da frota da Ita Transportes Aéreos, nova empresa de aviação do Grupo Itapemirim, chegou neste sábado (20/fev) ao Brasil, o Airbus A320, que pertencia a uma espanhola e deixou de prestar serviço durante a pandemia. O fato acontece um dia antes da data de aniversário negativo de uma fatalidade acontecida em Barro-CE com um dos ônibus da Itapemirim.

Antes de relembrar o acidente, noticiamos que empresa saiu literalmente do chão para ir às nuvens, pois já vem investindo no transporte aéreo de cargas, agora pretende transportar passageiros, para tanto, segundo o noticiado, a Ita Transportes Aéreos, empresa de aviação do Grupo Itapemirim. O primeiro voo comercial da empresa está marcado para 19 de março.

Segundo o presidente do grupo, Sidnei Piva, apesar de o setor de turismo viver uma de suas piores crises, em decorrência das políticas de isolamento social, adotadas durante a pandemia, as perspectivas são positivas para a Ita Transportes Aéreos. A ideia da empresa, segundo ele, é alcançar uma frota de cem aviões em 5 anos.

Sidnei Piva, atual dono da Itapemirim

O empresário Sidnei Piva, comprou a Itapemirim em 2016. Ele conta que a empresa estava quase falida e tinha um faturamento de R$ 70 milhões por ano. Em 2019, diz o empresário, a companhia de ônibus faturou R$ 700 milhões e ele projeta um resultado próximo de R$ 2 bilhões em 2021. “Mesmo com a pandemia, agimos rápido e vamos faturar R$ 500 milhões em 2020”, afirma.

Acidente no Cipó

Uma das maiores tragédias da história do Ceará completou 17 anos no último dia 21 de fevereiro. O acidente, que ocorreu às vésperas do Carnaval de 2004, deixou 42 pessoas mortas por afogamento, quando um ônibus da viação Itapemirim caiu no Açude Cipó. O desastre ocorreu no município de Barro, km 456 da BR-116, e chocou a população cearense e brasileira.

Considerada uma das maiores tragédias da história recente do Ceará completou 17 anos no último dia 21 de fevereiro. O acidente, que ocorreu às vésperas do Carnaval de 2004, deixou 42 pessoas mortas por afogamento, quando um ônibus da viação Itapemirim caiu no Açude Cipó em Barro –CE | Foto: Jarbas Oliveira

Na época, o açude Cipó estava com 9 metros de profundidade, em decorrência das chuvas que caíram na região. Peritos acreditaram que a vedação das janelas, em decorrência do ar-condicionado, dificultou a saída dos passageiros. A perícia mostrou ainda que muitos passageiros tentaram fugir, em vão, pela única porta do coletivo, enquanto o ônibus afundava.

O resgate das vítimas durou 31 horas e contou com equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar. Os corpos foram colocados em um caminhão-baú e trazidos para Fortaleza, onde foram reconhecidos no Instituto Médico Legal (IML). O Carnaval de Barro foi cancelado e o prefeito decretou três dias de luto.

O ônibus saiu do Terminal Rodoviário João Thomé, em Fortaleza, com direção a Salvador, na Bahia, local onde a maioria dos passageiros curtiria o Carnaval daquele ano.

Nenhum dos passageiros sobreviveu. Estavam no ônibus 2 crianças, 11 mulheres, 29 homens, dos quais um estrangeiro. O veículo era dirigido pelo motorista Paulo Lima Monteiro, que tinha 43 anos. Os mortos eram de vários locais, entre Ceará, Bahia, São Paulo, Distrito Federal, Piauí e Pernambuco.

Até hoje parentes das vítimas estão lutando para receber indenizações, em 2014 Viação Itapemirim Ltda. Foi condenada ao pagamento de R$ 200 mil de indenização por danos morais para a filha de um universitário que faleceu quando ônibus da empresa caiu no açude Cipó.

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