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Entenda

 André Fernandes entra com mandado de segurança contra secretário da Cultura após evento para filme Marighella


Foto: Reprodução

O deputado estadual André Fernandes (Republicanos) entrou, nesta quarta-feira, 10 com um mandado de segurança contra o secretário da Cultura do Ceará, Fabiano Piúba. Na ação, o parlamentar critica a realização do evento de pré-estréia do filme Marighella, realizado no dia 26 de outubro.

"Em verdade, o evento se tratava de uma obra destinada a fins particulares, ao passo que preconizava os desejos íntimos do Gestor, como cabalmente aferido pela publicação em perfil oficial em rede social
da Secretaria de Cultura (Administração Pública)", afirma o texto.

Inspirado no livro “Marighella – o Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, do jornalista e escritor Mário Magalhães, o longa de Wagner Moura narra os últimos anos do ativista baiano Carlos Marighella e teve pré-estreia no dia 26 de outubro, às 19 horas, no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará).

Nesta data, também houve bate-papo com o diretor Wagner Moura e elenco. O evento teve entrada gratuita. O filme está em cartaz no Cineteatro do dia 4 a 19 de novembro, em 19 sessões.


A ação direciona-se especificamente à publicação realizada nas redes sociais da Secult-CE. No texto, assinado pelo secretário, o titular da pasta faz elogios à produção audiovisual e faz críticas ao presidente Jair Bolsonaro.


"Ao final do último round somos tomados por um impulso no pulso erguido e cerrado em duas palavras de ordem: “Marighella, presente!” Seguido, imediatamente, por um “Fora, Bolsonaro!”, diz o texto divulgado.

"Noutras palavras, Marighella é um filme de ação. Ele nos coloca em estado de luta. Como disse Wagner Moura, o filme fala muito mais do Brasil de hoje, deste tempo sombrio que ataca por dentro do próprio governo, o estado democrático de direito" completa a proposição, assinada por Piúba.


Fabiano escreve também que a noite de exibição foi "memorável e encantadora", o que serviu de "ato artístico e político pela redemocratização do Brasil".


Em sua decisão, André Fernandes, deputado aliado de Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Ceará, considera que o secretário "utilizou da Administração Pública de forma ilegal, trazendo pessoalidade, sem moralidade, dispondo dos recursos públicos como se fossem seus e sem sequer alguma eficiência".


"O dito Gestor conseguiu o feito de descumprir 4 dos 5 princípios constitucionais orientadores da Administração Pública, preconizados no Art. 37 da Constituição Federal", completou o parlamentar.


Por meio de assessoria de imprensa, a Secult informou que ainda não foi notificada de nenhum processo.


Fonte: OPOVO

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