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Guerra

Embaixada da Ucrânia pede ‘reação mais forte’ do Brasil contra ataque russo


Anatoliy Tkach é o encarregado de negócio da Ucrânia no Brasil e tem sido o porta-voz sobre o ataque russo (Foto: Reprodução)
Em 25/02/2022 às 11:15
O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, voltou a pedir que o Brasil se posicione de forma mais contundente contra a invasão militar determinada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Ele disse que está acompanhando os pronunciamentos de autoridades brasileiras a valor de uma solução diplomática, mas que ações efetivas para parar o ataque “são necessárias”.

Entre as reações, citou como aceitáveis a aplicação de sanções que causem impacto econômico relevante, como a exclusão da Rússia de fóruns e acordos internacionais e o banimento do Swift — o sistema de transferências internacionais que conecta bancos ao redor do mundo.

“Nós estamos trabalhando com o governo brasileiro e nós queremos que a reação seja mais forte”, disse, acrescentando que a “nós [Ucrânia] precisamos de sanções muito fortes, sanções que consigam parar o invasor [Rússia]. Condenação é muito bom, mas são necessárias também as ações”.

Entre as ações esperadas, o governo Ucraniano quer o apoio do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que deve se reunir nesta sexta-feira (25) para que os Estados Unidos apresentem uma resolução de condenação ao governo russo.

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota oficial afirmando que acompanha a situação com "grave preocupação" e apelando à suspensão das hostilidades, mas sem manifestar condenação à Rússia.

Além disso, o vice-presidente Hamilton Mourão condenou o ataque, mas foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que também informou que a embaixada do Brasil está disponível para prestar assistência aos brasileiros que estão na Ucrânia.

Tkach também afirmou que não vê um receio do governo brasileiro em se posicionar a favor da Ucrânia diante da visita de Bolsonaro (PL) a Putin na última semana, quando o brasileiro declarou apoio ao russo.

“Acho que durante a visita, o presidente brasileiro se expressou a favor da solução diplomática da crise, e foi assegurado pelo presidente Putin que ele também compartilha esse ponto de vista. Só que claro que a Ucrânia já sabe que não pode confiar na Rússia”, declarou.

O encarregado destacou, ainda, que a Ucrânia está recebendo um “apoio internacional sem precedentes” para enfrentar o ataque, com posicionamentos de países vizinhos e outras grandes potências, como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e União Europeia.

Tkach reafirmou que a Ucrânia precisa, ainda, de apoio financeiro, humanitário e reforço de armamento para enfrentar os militares russos que estão no país. Frisou também que a embaixada do Brasil está trabalhando com o governo local, na Ucrânia, para garantir a saída dos brasileiros, sem informar detalhes do planejamento.

Fonte: O Tempo

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