Após conflito e morte, indígenas fogem de aldeia com crianças e idosos
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| Foto: Gabriel Guimarães/NSC TV |
Indígenas que moram na aldeia onde houve um conflito que deixou uma pessoa morta, feridos e casas incendiadas no domingo (16) em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, passaram a noite acolhidos no Ginásio Municipal Ivo Silveira. Nesta segunda-feira (17), mais de 200 pessoas, entre crianças, adolescentes e idosos, estão do local.
Segundo o que apurou a NSC TV, alguns dos desabrigados perderam as casas que foram incendiadas. Outros, deixaram a aldeia Kondá por medo de novos conflitos. Não há previsão de quando os desabrigados deixarão o espaço.
Segundo a Polícia Militar, a briga a começou por conta do resultado das eleições para cacique, ocorridas em 2022. Além de um indígena morto, outros 11 se feriram.
Os indígenas foram levados para o ginásio da prefeitura após autoridades terem sido chamadas na aldeia, no interior do município, no início da manhã de domingo. A Polícia Federal também foi chamada e abriu um inquérito para confirmar as causas do crime e identificar os autores.
Por conta do conflito, as aulas no Centro Educacional Infantil Sa Pe Ty Ko Si, na localidade Água Amarela, foram suspensas nesta segunda-feira.
Ocorrência
A Polícia Militar foi chamada por volta das 8h de domingo. No local, ocorria uma festa e indígenas de um grupo opositor ao atual cacique teriam ido até o espaço e uma briga generalizada teria começado.
O Serviço Aeropolicial da Polícia Civil foi chamado e sobrevoou a região (veja o vídeo abaixo). Durante a briga, cerca de 17 casas e cinco veículos foram incendiados.
O g1 tenta contato com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) desde domingo. Até a última atualização do texto, não houve retorno.
Socos, pontapés, pedradas e arma de fogo
Além das policiais Militar, Civil e Federal, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC) foi chamado. Segundo os socorristas, durante a briga generalizada foram várias formas de agressão, entre socos, pontapés, pedradas e arma de fogo.
Conforme os bombeiros, todos os 11 feridos atendidos se recusaram a ir ao hospital e permanecerem no local.
G1

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