Expocrato 2025 impõe regras rígidas para música ao vivo e frustra empreendedores
A decisão da Prefeitura do Crato de liberar apresentações musicais ao vivo em barracas e restaurantes durante a Expocrato 2025 está longe de ser uma vitória para os empreendedores do evento. Apesar do anúncio feito nesta sexta-feira (27) pelo prefeito André Barreto (PT), as restrições impostas geraram novo descontentamento entre comerciantes e artistas locais.
O limite de 50 decibéis para as apresentações o equivalente ao som de uma conversa em tom moderado praticamente inviabiliza a proposta de shows ao vivo nesses espaços, prejudicando quem investe alto para atrair clientes e gerar renda durante a feira. Além disso, a imposição de horários limitados (das 12h às 14h e das 16h às 22h) também representa um entrave para a dinâmica de atendimento, já que os períodos de maior movimento, muitas vezes, se estendem para além das 22h.
A medida inicial da Associação dos Criadores do Cariri, anunciada em março, proibia totalmente as apresentações fora do chamado "Inferninho", alegando preocupação com o bem-estar dos animais. Agora, mesmo após o acordo firmado entre os criadores e a Accoa, presidida pelo vice-prefeito Dr. Leitão, a flexibilização chega com tantas limitações que, na prática, pouco muda para os pequenos comerciantes e músicos locais.
“Liberar com essas condições é quase o mesmo que proibir. Como vamos animar o público e atrair clientes com esse limite de volume? A Expocrato deveria valorizar a cultura e a economia local, mas estão fazendo o contrário”, lamenta um empresário do setor gastronômico que prefere não se identificar.
A decisão, embora vendida como consenso, mostra um claro descompasso entre a organização do evento e os que dependem dele para faturar e sobreviver. Para muitos, a Expocrato 2025 começa com um gosto amargo o da frustração e da insegurança para quem esperava dias de trabalho intenso e retorno financeiro.
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