Primeiro TCC da UFCA desenvolvido em Libras abordou as dificuldades de comunicação enfrentadas por pessoas surdas em ambientes médicos
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Foto: Reprodução |
O tema foi inspirado em sua própria realidade, onde enfrentou problemas ao acompanhar sua irmã em um tratamento contra o câncer. Nesses atendimentos, eu tinha muita dificuldade, pois, por não saberem Libras, as pessoas tentavam se comunicar comigo por meio do português escrito, mas o português não é minha primeira língua, disse.
O trabalho discutiu sobre a falta de tradutores-intérpretes de Libras em consultórios e hospitais, aumentando as barreiras de comunicação. De acordo com a coordenadora do curso de Letras-Libras da UFCA, Miriam Royer, o TCC da aluna é importante para a área da saúde. Considerando que o Brasil tem cerca de 10 milhões de pessoas surdas e a maioria dos médicos não sabe se comunicar em Libras, Simone demonstra, por meio de sua experiência pessoal com a irmã, como é vivenciar as barreiras da comunicação, disse.
O trabalho de Simone foi feito em vídeo e seguiu as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Além do vídeo em si, a estudante também teve que entregar um trabalho escrito em português.
Quando eu comecei a pesquisa, fiz um esboço escrito, mas, como o português não é a minha primeira língua, decidi usar esse esboço em português para a gravação do vídeo em Libras. A nossa língua é bastante visual e nela a gente consegue se expressar de forma mais aprofundada, explicou Simone.
*Com informações da UFCA
Por Bruna Santos
Miséria.com.br
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