Megaoperação no Alemão e na Penha contra o CV tem 24 mortos e 81 presos; vias são fechadas em represália
Pelo menos 24 pessoas morreram – 4 delas policiais – e 81 foram presas nesta terça-feira (28) em uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada, traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas. Um vídeo (veja acima) mostra quase 200 disparos em 1 minuto, em meio a colunas de fumaça.
Até a última atualização desta reportagem, a ação ainda estava em andamento, com relatos de mais baleados. Trata-se de mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço do CV por territórios fluminenses.
No início da tarde, o tráfico orquestrou represálias em várias partes da cidade. Barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na Rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais.
Em função dos múltiplos bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5. A PM mandou colocar todo o efetivo na rua — para tal, suspendeu as atividades administrativas.
A TV Globo apurou que entre os mortos há 2 policiais civis e 2 policiais militares:
. Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
. Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
. Cleiton Searafim Gonçalves, policial do Bope;
. Herbert, policial do Bope.
Os outros 20 mortos são, segundo o governo do estado, traficantes que trocaram tiros com policiais.
Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.
Balanço parcial:
. 20 suspeitos mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo.
. 2 policiais civis e 2 policiais militares foram mortos.
. Além deles, 3 inocentes foram feridos: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
. 81 pessoas foram presas.
. Policiais apreenderam 31 fuzis, 2 pistolas e 9 motos.
O que é a operação
Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.
Balanço parcial:
. 20 suspeitos mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo.
. 2 policiais civis e 2 policiais militares foram mortos.
. Além deles, 3 inocentes foram feridos: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
. 81 pessoas foram presas.
. Policiais apreenderam 31 fuzis, 2 pistolas e 9 motos.
Operador do CV preso
Entre os presos está Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho da região. Outro capturado é Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos altos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.
"Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse.
Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário.
Por g1
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