Efeito Flávio: Bolsa desaba igual a dia em que Lula se tornou elegível
Queda de 3,84% do Ibovespa, às 17h05, só encontra paralelo recente em 8 de março de 2021, quando Lula recuperou direitos políticosA queda do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), registrada nesta sexta-feira (5/12), provocada pela indicação de Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência da República, só encontra paralelo recente em 8 de março de 2021.
Nesse dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuperou seus direitos políticos, em decisão do ministro Edson Fachin, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, Fachin anulou todas as condenações do petista relacionadas à Lava Jato.
Às 1705, o Ibovespa operava em queda de 3,84%, aos 158.135,53. Ao longo do pregão, contudo, chegou a cair 4%. Em 8 de março de 2021, ele fechou com recuo de 3,98%, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. Já o dólar disparou nesta sexta-feira. A moeda americana subiu 2,31%, cotada a R$ 5,43.
A indicação de Flávio Bolsonaro foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília. A notícia foi divulgada pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles. No mesmo momento, o Ibovespa, que operava em alta e caminhava para bater novo recorde, desabou.
Surpresa
“O mercado não esperava esse movimento e reagiu de forma imediata, praticamente descolando o Brasil do restante do mundo, onde as bolsas seguiam em alta moderada”, diz Christian Iarussi, economista da The Hill Capital. “A leitura dominante é que esse anúncio esvazia a expectativa, antes bastante presente entre investidores, de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pudesse se consolidar como uma alternativa competitiva ao atual governo em 2026.”

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