O Fortaleza tem pela frente uma maratona decisiva
para a sequência da temporada. Invicto há nove partidas em 2020 e
ostentando a melhor defesa da Série A do Brasileiro, o time comandado
por Rogério Ceni encara um adversário do alto da tabela (Palmeiras), a
segunda final do Estadual (Ceará) e o jogo de volta da Copa do Brasil
(São Paulo), respectivamente. A abertura do processo ocorre neste
domingo (18), às 20h30, na Arena Castelão. Da data até o embate no
Morumbi, quarta-feira (25), às 20h30, diante do tricolor paulista, o
Leão enfrentará o trio em espaço de uma semana.
Por isso, a administração do fôlego do elenco é importante. No
planejamento estratégico da cúpula leonina, todas as competições são
importantes: uma envolve ganho de R$ 3,3 milhões em caso de
classificação para as quartas de final, a outra vale o primeiro título
do clube no ano, enquanto a manutenção na elite nacional é o principal
objetivo.
O dilema é manter o elenco competitivo apesar da necessidade de rodízio
dos atletas mais desgastados. Nas últimas três partidas no calendário, a
equipe somou três expulsões - fator que corrobora para maior cansaço
dos jogadores de mais rodagem.
Contra o Atlético/MG na quarta (7), por exemplo, o time ficou com um a
menos desde os 38 do 1º tempo - vermelho de Felipe. Seguiu viagem para
encarar o Coritiba no Estádio Couto Pereira/PR e retornou à Capital com o
empate em 3 a 3 diante do São Paulo, em duelo que atravessou o
confronto com nove em campo por 16 minutos devido às expulsões de
Carlinhos e Felipe Alves, mais cedo.
"Nós não somos um time que costuma desistir antes de acabar. Agora a
gente sabe que em algum momento tem que abrir mão porque temos jogos
muito importantes. É o Palmeiras no fim de semana, temos uma final de
Campeonato Cearense e uma final que é a volta com o São Paulo. O elenco é
relativamente curto, temos jogadores bem desgastados e vamos ver o que
fazer nas próximas partidas", explicou o técnico Rogério Ceni.
As mudanças em questão influem diretamente no novo modelo tático adotado
pelo comandante. Como variação do 4-2-4, antes executado com atacantes
na última linha, o Fortaleza utilizou laterais ou volantes no setor,
substituindo a exigência de velocistas. A troca deu mais vigor físico e
ampliou o potencial de marcação, apesar de deixar o plantel com
transição mais lenta.
Mais oportunidade
Dos cenários listados, o confronto com o Palmeiras é o mais propício a
receber mudanças no time principal. A explicação é por se tratar de uma
competição de pontos corridos, em que o Fortaleza está invicto há sete
partidas e distante do Z-4 por sete pontos, ou seja, não corre risco de
entrar na zona de rebaixamento em caso de revés. A condição eliminatória
nos demais confrontos também os tornam mais decisivos.
Fonte: Diário do Nordeste
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