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Janeiro Roxo

Desinformação e preconceito afastam pessoas com hanseníase de tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS

Foto: Reprodução ALESP
Em 22/01/2022 às 15:00
A hanseníase é uma doença alvo de preconceito e desconhecimento, apesar de ser transmissível, tem cura.  A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) chama a atenção da sociedade para a importância do diagnóstico e do tratamento, oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Assim como grande parte das doenças, o diagnóstico prematuro e terapia podem evitar agravos causados pelo avanço da enfermidade.

A coordenadora de hanseníase e tuberculose da Sesa, Yolanda Barros, comenta no site oficial do Governo do Estado, que dois fatores podem influenciar a demora em procurar por assistência: desinformação sobre a doença (sintomas e formas de transmissão, por exemplo) e o medo de rejeição.

“A falta de conhecimento pode gerar medo nas pessoas. Campanhas como esta, do Janeiro Roxo, têm uma importância enorme. Conseguimos alcançar um número maior de pessoas e, assim, desmistificamos tantos estigmas que acompanham a doença ao longo dos anos”, diz Yolanda.

Transmissão e sintomas


A hanseníase é transmitida de pessoa para pessoa por secreções nasais, como tosse, espirro ou gotículas da fala. Porém,  nem todos que entram em contato com as bactérias desenvolvem a doença. A identificação pode ser feita precocemente. A doença se manifesta por meio de manchas brancas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; sensação de formigamento ou dormência nas extremidades e em áreas da pele aparentemente normais que têm alteração na sensibilidade e na secreção de suor.

Tratamento


O acompanhamento da pessoa com hanseníase pode ser feito inteiramente na rede básica, nos postos de saúde. Há duas formas de classificar o diagnóstico: os pacientes que são paucibacilares (com até cinco lesões/manchas) e multibacilares (com mais de 5 lesões/manchas). “Recentemente, tivemos o tratamento unificado para ambos, ou seja, as duas classificações têm a mesma terapia e o mesmo medicamento, diferindo apenas o tempo, de acordo com sua classificação, sendo seis meses para paucibacilares e 12 meses para multibacilares”, detalha Yolanda.

A coordenadora da Sesa pontua, ainda, sobre a assistência prestada no Centro de Referência em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, da rede pública estadual. “O atendimento na unidade referenciada é indicado apenas para acompanhamento de pacientes com complicações decorrentes da doença ou que possuem alguma outra reação adversa ao tratamento, como reações hansênicas [manifestações cutâneas, oftálmicas e neurais decorrentes da inflamação causa por bacilos de Mycobacterium leprae], intolerâncias medicamentosas, entre outros agravantes que não poderiam ser resolvidos na atenção básica”.

 

Por Romario Sousa
Miséria.com.br

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