Justiça nega pedido de habeas corpus ao vereador juazeirense Capitão Vieira
Em 11/01/2022 às 11:00
Investigados na operação Públio Vatínio, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará na manhã de 18 de novembro de 2021, que investiga a exploração do jogo do bicho no estado e crimes contra a administração pública, os vereadores de Juazeiro do Norte Beto Primo, Capitão Vieira e Darlan Lobo foram afastados do mandato por 180 dias após decisão judicial.Em seus lugares, assumiram os suplentes Auricélia Bezerra, Romão França e Jesualdo Duarte. Por ordem de sucessão, diante das cassações do presidente da Câmara de Juazeiro do Norte, Darlan Lobo, e do vice, Capitão Vieira, a Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte está sendo presidida pelo vereador Bilinha, que fica no cargo até o retorno dos afastados.
Após Darlan Lobo, chegou a vez de Capitão Vieira ter seu pedido de habeas corpus negado. A decisão, do último dia 17 de dezembro, foi do relator, o juiz convocado Francisco Jaime Medeiros Neto, do Tribunal de Justiça do Ceará.
Na decisão interlocutória, consta que a defesa de Capitão Vieira alegou que a decisão de afastamento é genérica e que o parlamentar não teria motivo para sair do cargo porque a hipotética casa de jogos não se situaria em Juazeiro do Norte, mas na cidade de Barbalha. Além disso, foi alegado que o vereador não se encontraria investigado por crimes contra a administração pública, justificativa para provar que a função legislativa não estaria vinculada à prática dos crimes imputados.
Entretanto, o juízo negou o habeas corpus, alegando que não se identifica teratologia evidente, na decisão impugnada (fls. 34-62), a ensejar a excepcional concessão da medida liminar em habeas corpus, pois a medida cautelar de afastamento justificou-se, de forma minimamente fundamentada.
Por Alan Clyverton
Miséria.com.br
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