"Só porque ajudei demais?": MPE quer cassar Glêdson e Tarso por 'generosidade excessiva' em ano eleitoral
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Segundo o promotor André Augusto Cardoso Barroso, a Prefeitura teve um surto de altruísmo entre agosto e setembro, distribuindo de tudo um pouco: cestas básicas, óculos de grau, próteses dentárias e até aparelhos auditivos. Tudo isso em quantidade tão generosa que, segundo o MPE, deixou o eleitor confuso entre o gesto solidário e o interesse eleitoral.
O promotor cita, por exemplo, que o número de próteses dentárias saltou de módicos 33 em outubro de 2023 para impressionantes 133 em novembro. "O sorriso do povo nunca esteve tão brilhante", poderia dizer o prefeito. E 2024 seguiu nesse ritmo: dentes, cestas e aparelhos voando pelos quatro cantos da cidade.
Para o MPE, essa explosão de bondade não é coincidência. A conclusão? Abuso de poder político. Em bom juridiquês: a farra de benefícios "comprometeu a livre vontade do eleitor" e desequilibrou a disputa eleitoral.
Em outras palavras, Glêdson e Tarso podem acabar perdendo os mandatos porque, segundo a acusação, decidiram virar Papai Noel fora de época, bem na época da urna.
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