Facção rende vigilante, quebra cadeados e rouba sede de provedor de internet em Fortaleza; vídeo
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Foto: Reprodução |
Eles renderam o vigilante, quebraram os cadeados e levaram todos os pertences da empresa. Na saída do local, disseram ao vigilante que quem estava realizando a ação era "o crime".
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Conforme a reportagem apurou, o ato foi coordenado por membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que já havia ameaçado o proprietário a fechar o estabelecimento. Ele seria um dos quatro provedores da região que não teria aceitado pagar "taxas" para poder operar no bairro.
Por esse motivo, passou a ser alvo de ameaças e também não conseguia realizar manutenção em residências situadas em áreas controladas pelo CV. A invasão nesta madrugada foi o último e mais violento ato contra a empresa.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado do Ceará (SSPDS) informou, por nota, que a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) apura o caso, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Segundo a Pasta, uma equipe da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi acionada para a ocorrência e mantém diligências na região. "A PCCE reforça a importância de a vítima comparecer, posteriormente, à unidade da Polícia Civil para prestar mais informações sobre o caso".
Aliança entre facção e provedores de internet
Matéria publicada no último dia 21 de julho pelo Diário do Nordeste mostrou que a Polícia Civil do Ceará (PCCE) e o Ministério Público do Estado (MPCE) afunilaram investigações contra a aliança do CV com provedores de internet, no bairro Pirambu e adjacências.
Doze empresas do ramo foram interditadas e 37 pessoas são investigadas por integrar o esquema criminoso. As defesas dos empresários investigados negam a participação da organização criminosa.
Na mesma reportagem, o Ministério Público frisou que ataques a provedores de internet não constituem fenômeno recente. "Já há registros, desde 2019, da prática reiterada dessas condutas, sendo notório o caso ocorrido no bairro Pirambu, onde, em 2020, houve a exigência de pagamento da mesma taxa extorsiva de 30%", explicou.
Como a facção criminosa age
O MP também lembrou que, em 2021, observou-se um agravamento nas práticas delituosas a partir do aumento significativo dos episódios de extorsão.
"Constatou-se, com maior clareza, que a organização criminosa passou a impor, de forma sistemática, os nomes das empresas que estariam 'autorizadas' a prestar serviços de internet em determinados bairros de Fortaleza", reforça a denúncia.
Neste ano, a configuração é outra: um fortalecimento da capacidade coercitiva das facções, que passaram a atuar com maior ousadia e visibilidade.
Por esse motivo, passou a ser alvo de ameaças e também não conseguia realizar manutenção em residências situadas em áreas controladas pelo CV. A invasão nesta madrugada foi o último e mais violento ato contra a empresa.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado do Ceará (SSPDS) informou, por nota, que a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) apura o caso, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Segundo a Pasta, uma equipe da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi acionada para a ocorrência e mantém diligências na região. "A PCCE reforça a importância de a vítima comparecer, posteriormente, à unidade da Polícia Civil para prestar mais informações sobre o caso".
Aliança entre facção e provedores de internet
Matéria publicada no último dia 21 de julho pelo Diário do Nordeste mostrou que a Polícia Civil do Ceará (PCCE) e o Ministério Público do Estado (MPCE) afunilaram investigações contra a aliança do CV com provedores de internet, no bairro Pirambu e adjacências.
Doze empresas do ramo foram interditadas e 37 pessoas são investigadas por integrar o esquema criminoso. As defesas dos empresários investigados negam a participação da organização criminosa.
Na mesma reportagem, o Ministério Público frisou que ataques a provedores de internet não constituem fenômeno recente. "Já há registros, desde 2019, da prática reiterada dessas condutas, sendo notório o caso ocorrido no bairro Pirambu, onde, em 2020, houve a exigência de pagamento da mesma taxa extorsiva de 30%", explicou.
Como a facção criminosa age
O MP também lembrou que, em 2021, observou-se um agravamento nas práticas delituosas a partir do aumento significativo dos episódios de extorsão.
"Constatou-se, com maior clareza, que a organização criminosa passou a impor, de forma sistemática, os nomes das empresas que estariam 'autorizadas' a prestar serviços de internet em determinados bairros de Fortaleza", reforça a denúncia.
Neste ano, a configuração é outra: um fortalecimento da capacidade coercitiva das facções, que passaram a atuar com maior ousadia e visibilidade.
"Elas intensificaram as ameaças direcionadas aos representantes legais das empresas e ampliaram a percepção de risco entre os empresários do setor", detalha o Ministério Público.
A Justiça decretou a prisão preventiva de 21 investigados. Entre eles, estão os 12 proprietários dos provedores de internet interditados, André Costa Sena e Carlos Mateus da Silva Alencar, o 'Skidum' - número 1 do CV no Pirambu e integrante da lista dos Mais Procurados da SSPDS.
Denúncias
A Secretaria da Segurança destaca que a população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da SSPDS, ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia ou ainda via "e-denúncia", o site do serviço 181, por meio do endereço eletrônico: https://disquedenuncia181.sspds.ce.gov.br/. O sigilo e o anonimato são garantidos.
Por diário do Nordeste
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