MORTES DE MULHERES

Setembro terminou com quatro mulheres assassinadas no Cariri e o ano é 16% menos violento

Patrícia, sua filha Alice e Isabel foram mortas no caso de triplo homicídio no bairro Timbaúbas.

O mês de setembro terminou com quatro mulheres assassinadas no Cariri - todas em Juazeiro - após um mês de agosto com uma morta, sendo três a mais ou acréscimo de 300% nesse tipo de crime contra pessoas do sexo feminino. Já na comparação com setembro do ano passado é, também, três a mais já que naquele período foi apenas uma morta ou acréscimo de 300%. Neste caso, já são duas em janeiro, uma em fevereiro e março, duas em maio, 5 em junho, uma em agosto e 4 em setembro.

Nos primeiros nove meses do ano na nossa região, já são 16 mulheres assassinadas contra 19 no mesmo período do ano passado ou decréscimo de 15,8% por conta de três a menos. Só em Juazeiro do Norte foram oito ou 50% do total este ano. As demais em Assaré, Lavras da Mangabeira, Crato, Jardim, Nova Olinda, Barbalha, Várzea Alegre e Salitre.

No dia 19 de setembro Patrícia Andrade do Nascimento, de 27 anos, que residia no bairro Pio XII, foi morta a tiros no Bar da Adriana na Rua João Paulo I (Timbaúbas) em Juazeiro por homens que chegaram num Fiat Uno e invadiram o bar atirando. Morreu ainda no local a filha da proprietária Maria Cícera Isabel dos Santos Silva, de 15 anos, enquanto Maria Alice Andrade Vieira, de 10 anos (filha de Patrícia), faleceu no HRC. A polícia descobriu ter sido pistolagem, sendo presos Alisson Henrique Xavier, de 20, o "CH", o motorista por aplicativo Heberton Martins Lopes, o “Totó”, de 30 anos e dois menores de 15 anos.

Já no dia 23 Maria das Dores Ferreira da Silva, de 41 anos, que residia no bairro Timbaúbas em Juazeiro, teve o corpo encontrado dentro de casa com perfurações à faca e perto de arma branca. Vizinhos estranharam a ausência da mesma e acionaram a polícia que conseguiu entrar se deparando com o cadáver. Na noite de domingo, ela saiu com o companheiro num carro de aluguel para ir a uma festa quando discutiram. Ele voltou sozinho e Maria permaneceu um pouco mais no forró só retornando depois.

Por Demontier Tenório
Miséria.com.br