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Protesto contra mudanças na CNH

Instrutores de autoescolas protestam em Fortaleza contra mudanças na CNH


Instrutores de autoescolas de Fortaleza realizaram, na manhã desta quinta-feira (23), protesto contra a proposta do Ministério dos Transportes de acabar com a obrigatoriedade das autoescolas no processo de habilitação de motoristas.

Nesta manhã, centenas de carros e motocicletas iniciaram a manifestação com concentração na Arena Castelão. Os veículos ficaram estacionados em uma faixa da avenida Raul Barbosa. Os manifestantes fizeram o percurso em direção à Assembleia Legislativa, chegando por volta das 11h.

Em Fortaleza, o protesto foi convocado pelo Sindicato dos Instrutores de Veículos Automotores do Estado do Ceará (Sindivace).

O protesto questiona a proposta de mudanças na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação. Conforme o sindicato, o fim da obrigatoriedade das autoescolas neste processo prejudica mais de 300 mil empregos no Brasil e leva à precarização da educação para o trânsito.

No Ceará, a categoria estima que a medida pode afetar diretamente 5 mil empregos. “Querem nos trocar por aplicativos, sem emprego formal, sem salário, sem garantias trabalhistas, sem carga horária, sem descanso remunerado”, diz o texto que convoca a manifestação.

Outras cidades do Brasil têm protestos semelhantes nesta quinta-feira (23). Em São Paulo, empresas de autoescola estão mobilizadas desde a noite da quarta-feira (22) na Ponte Estaiada, no Morumbi, com cerca de 200 carros estacionados.

O protesto na capital paulista é liderado por donos de autoescolas congregados na Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores (Feneauto) e pelo Sindautoescola.SP.

A aposta é na pressão política contra os efeitos da consulta popular que pode mudar a maneira com que os brasileiros tiram a CNH no Brasil.

No Brasil, a Feneauto busca coletar assinaturas em favor de um Projeto de Lei que interrompa a consulta pública sobre o tema no Congresso, além de pressionar os políticos estaduais por aprovação de leis que mantenham a formação de condutores no modelo atual.

O episódio do podcast O Assunto apresentou dois pontos de vista diferentes sobre o fim da obrigatoriedade: um a favor e um contra.

Argumentos a favor do fim da obrigatoriedade das autoescolas incluem: reduzir altos custos e burocracia, adoção de modelos de países que são referência em segurança no trânsito e a necessidade de melhoria no exame prático para a obtenção da CNH.

Pontos defendidos por quem é contrário ao fim da obrigatoriedade incluem: a falta de um plano de substituição para o modelo atual, o papel central das autoescolas na formação de condutores e a necessidade de mais investimentos na formação obrigatória.

Por g1

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