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Ceará registra rejeição menor à ideia de doar órgãos

Em relação à porcentagem de rejeição, a meta da Central de Transplantes
 do Ceará é reduzir o índice para 30% (Foto:Reprodução)
Em 27/09/2018 às 02:45
Em 2018, o Estado do Ceará registrou uma média de 38% de 
rejeição à ideia de doar órgãos, segundo dados divulgados pela 
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). 
A média brasileira, de acordo com a instituição, é de 43%.

"Isso coloca o Ceará abaixo da média nacional, sendo também 
uma das rejeições mais baixas do Nordeste", diz Eliana Barbosa, 
coordenadora da Central de Transplantes do Ceará. 
Com o objetivo de continuar reduzindo este índice, o Movimento 
Doe de Coração, da Fundação Edson Queiroz, acontece hoje (27) 
na Praça do Ferreira, de 9h às 11h, com uma programação voltada
ao estímulo da doação de órgãos no Ceará.

A ação integra a comemoração do Dia Nacional da Doação de 
Órgãos, e inclui a distribuição de folhetos e adesivos do movimento
e de balões com a marca da campanha para a população.

Membros da Liga de Transplantes da Universidade de Fortaleza 
(Unifor), formada por alunos do curso de Medicina da Unifor, também
estarão presentes para tirar dúvidas da população acerca da doação
voluntária de órgãos e tecidos.
"O foco desse ano é a palavra. Quem quer ser doador deve falar sobre
isso com sua família, para que, um dia, se houver a oportunidade de 
doar, as pessoas já saibam", explica a professora Sílvia Melo, 
coordenadora do curso de Medicina da Unifor. Segundo ela, toda a 
campanha é voltada para esclarecer a importância de se assumir 
como doador, para que a família esteja ciente da decisão.

Neste ano, até o dia 24 de setembro, foram realizados 1.078 
transplantes de órgãos e tecidos no Ceará. Para Eliana Barbosa, 
o Movimento Doe de Coração consegue mobilizar a população que, 
uma vez esclarecida, decide doar. "O cearense não precisa ir para 
outro Estado para se transplantar", ressalta.

Em relação à porcentagem de rejeição, a meta da Central de 
Transplantes do Ceará é reduzir o índice para 30%.

Sofrimento

"É um momento de muito sofrimento para a família que está diante
de um ente querido prestes a perder a vida. E a família não está 
preparada para tomar essa decisão. Também a falta de informação 
e segurança de saber se o parente tinha realmente vontade de doar", 
descreve Sílvia Melo.
 
O fato de o Ceará ser referência em transplantes, diz Eliana Barbosa, 
alerta a população para a discussão entre familiares e, 
consequentemente, enaltece valores de cidadania e solidariedade, 
"que contribuem para criar a cultura da doação".

Fonte: Diário do Nordeste



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