CRIMES EM PORTEIRAS

PM que baleou outro no Cariri e ainda lesionou a noiva dele é julgado em Juazeiro

Alênio tentou matar o Sargento Bandeira e baleou ainda a então noiva dele.
Foto: Reprodução

Mais uma sessão ordinária do Tribunal do Júri ocorreu em Juazeiro julgando um policial que baleou outro e ainda atingiu a namorada do mesmo. José Alenio Leal Bezerra, de 44 anos, é acusado da dupla tentativa de homicídio contra o então Cabo PM Bandeira e sua noiva e atual esposa Adriana Rodrigues de Lacerda. Os crimes aconteceram na madrugada do dia 2 de dezembro de 2006 numa lanchonete na Praça da Liberdade no centro de Porteiras.

O julgamento foi desaforado para Juazeiro e aconteceu nesta terça-feira sob a presidência do Juiz Ramon Aranha da Cruz. Na oportunidade, o Ministério Público pugnou pela condenação, enquanto a defesa pediu a desclassificação para lesão corporal quanto a Adriana e reconheceu no caso do hoje Sargento Bandeira, pedindo redução da pena. Ao final, uma condenação a 12 anos que não valeu em decorrência da prescrição do crime.

Hoje, o ex-soldado da PM paraibana Alênio está recolhido a um presídio daquele estado por conta de outros crimes e participou por meio de videoconferência. Na época, o Cabo Bandeira comandava o Destacamento Militar de Porteiras. Ele foi lesionado com três tiros na perna, no pescoço e nas nádegas e escapou no hospital a exemplo da noiva atingida com um disparo de raspão.

O policial militar cearense disse que estava no estabelecimento aguardando um lanche que tinha solicitado quando foi surpreendido pelos disparos efetuados por Alenio Leal Bezerra. Este residia na Rua José de Alencar em Porteiras, estava bebendo com amigos e o Sargento Bandeira disse que só não morreu porque a pistola do PM paraibano travou.

PARAÍBA

Alenio já tinha sido julgado no dia 15 de maio de 2019 com outro policial e, cada um, foi condenado a 45 anos de prisão por duplo homicídio em Santana de Mangueira (PB). O outro era da Polícia Civil paraibana e vereador em Jardim (CE), Francisco Renato Pereira Júnior. No ano de 2010, invadiram a residência e mataram o casal Cícera Pereira da Silva e Carlos Batista Pereira, cujo neto de 2 anos saiu baleado e sobreviveu. O alvo seria um filho do casal que não estava e terminaram executando os pais dele.

Por Demontier Tenório

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