Idosa é resgatada após mais de três décadas em trabalho doméstico análogo à escravidão na zona rural do Crato
Uma idosa de 61 anos foi resgatada em julho deste ano, em condição análoga à escravidão, na zona rural do Crato. Ela trabalhava de domingo a domingo, das 5h às 22h, sem qualquer salário ou direito trabalhista. A mulher, que terá sua identidade preservada, foi submetida à situação por mais de três décadas.De acordo com informações do G1, a vítima realizava trabalho doméstico, como lavar roupas, cozinhar, limpar a casa, cuidar dos animais, além de auxiliar nos cuidados de outra idosa quando outra trabalhadora, que era remunerada, passava do horário de trabalho.
Após o resgate realizado por auditores fiscais do trabalho, a vítima foi acolhida em um abrigo temporário e, depois, retornou para a sua família em outro Estado. A idosa também recebeu uma guia de Seguro-Desemprego Especial do Trabalhador Resgatado.
Daniel Area, auditor-fiscal do trabalho, em entrevista ao G1, afirmou que o Ministério Público deve acompanhar o caso. A empregadora não fez o pagamento das verbas rescisórias, para isso o Ministério Público do Trabalho vai entrar com uma ação civil pública para garantir esses direitos, disse.
A operação foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federa e o Centro de Referência de Direitos Humanos do município do Crato.
Como denunciar?
Casos de trabalho análogo à escravidão podem ser denunciados de forma anônima e segura por meio do Sistema Ipê.
Além disso, denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, um serviço telefônico gratuito e anônimo para relatos de violações de direitos humanos no Brasil. O Disque 100 funciona 24 horas por dia, todos os dias, e pode ser acionado de qualquer telefone fixo ou móvel.
O serviço também oferece canais de atendimento via WhatsApp, Telegram e videochamada em Libras.
Por Redação Miséria
Miséria.com.br
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